DualSense V2: nova versão do controle PS5 dobra autonomia e traz mudanças internas
A Sony atualizou silenciosamente o DualSense. Diversos relatos e uma publicação de um modder conhecido no X (antigo Twitter) apontam que as unidades acompanhando as últimas revisões do PlayStation 5 — incluindo edições do PS5 Pro com código CFI-ZCT2W e modelos do PS5 Slim (CFI-7121) — estão saindo de fábrica com um DualSense revisado, denominado informalmente como DualSense V2. A principal mudança: uma bateria interna significativamente maior que pode elevar a autonomia para algo em torno de 15 horas de uso por carga, segundo testes iniciais e relatos de usuários.
O que mudou: bateria, microfone e identificação
A alteração mais óbvia, e a que gera mais interesse, é a substituição do pack de energia por uma célula de maior capacidade. A estimativa de até 15 horas representa um salto considerável ante os 5–6 horas típicas do DualSense original, solução que foi alvo de reclamações desde o lançamento do PS5. Esse ganho amplia a viabilidade do controle para sessões longas, torneios, ou uso em setups sem fácil acesso a carregadores.
Para acomodar a bateria maior, a Sony aparentemente fez concessões internas. Segundo o modder modyfikatorcasper, o novo hardware removeu um dos microfones internos — uma mudança projetual que reduz a complexidade do espaço interno e cria o volume físico necessário para a nova célula. A perda do microfone pode ter efeito marginal na experiência da maioria dos usuários, mas é um trade-off técnico relevante.
Como identificar o novo modelo? Além da presença do controle em kits recentes do PS5 Pro e do Slim, a placa-mãe interna foi marcada como BDM060 em exemplos documentados. Essa informação é útil para técnicos e entusiastas que abrem o controle — embora, para a maioria dos consumidores, a forma mais prática seja verificar o número do lote do console que acompanha o acessório (CFI-ZCT2W para certas unidades do PS5 Pro, CFI-7121 para o Slim).
Autonomia na prática: o que esperar
Relatos e primeiros testes indicam que, com a nova célula, sessões de jogo contínuas em títulos modernos, com feedback háptico e gatilhos adaptativos ativados, podem chegar a durações entre 10 e 15 horas dependendo do uso. A amplitude desse intervalo acontece porque recursos como motores hápticos intensos, gatilhos com resistência e uso de áudio via USB/Bluetooth influenciam muito o consumo real.
Em termos práticos, jogadores que reclamavam de recargas frequentes verão uma diferença clara: menos interrupções, menos dependência de bases de carregamento e maior liberdade para usar o controle mesmo longe de tomadas. Ainda assim, a Sony parece ter priorizado a bateria em detrimento de funcionalidades menos críticas (o microfone removido) — decisão compreensível do ponto de vista de engenharia e custo.
Trade-offs de engenharia e impacto na reparabilidade
Trocar componentes internos por alternativas maiores costuma afetar reparabilidade e design modular. A inclusão de uma bateria maior pode tornar a desmontagem mais delicada e exigir novos procedimentos de serviço. Além disso, a alteração implica um novo conjunto de peças e talvez novos fornecedores, o que impacta suporte pós-venda e logística de peças de reposição.
Outra consequência é o peso e o centro de gravidade do controle. Mais bateria significa mais massa — embora a diferença percebida na pegada de cada usuário deva ser pequena, é um detalhe de experiência que pode ser notado por quem troca muitos controles ou por jogadores competitivos que exigem máxima precisão.
O que foi removido: o microfone interno e o custo da autonomia
A redução de microfones internos não é um problema para a maioria: o DualSense já depende muito do sistema de áudio do console ou de headsets Bluetooth/USB para comunicação. Ainda assim, perder um microfone dedicado reduz redundância e qualidade de captação quando se usa o controle para chat sem headset.
Em resumo, a Sony apostou no ganho de autonomia como recurso prioritário. É uma escolha de produto — mais horas de jogo por carga em troca de menor capacidade de captação microfônica integrada.
Rumores de futuro: bateria removível e Hall Effect
Além das mudanças presentes, o modder e outros vazadores apontam que a Sony não abandonou o debate sobre atualizações mais ambiciosas. Rumores persistentes falam sobre um DualSense com bateria removível — uma demanda antiga da comunidade — que facilitaria upgrades e trocas por usuários, além de reduzir o consumo de recursos com serviços técnicos.
Um outro pedido frequente dos usuários é a adoção de joysticks com sensores Hall Effect, que praticamente eliminam o problema de drift — o deslocamento indesejado dos analógicos. A Sony ainda não confirmou adoção dessa tecnologia; por enquanto, o foco parece ter sido a autonomia. No entanto, a combinação de bateria removível e sticks Hall Effect seria um avanço considerável em conforto e durabilidade.
Comparação com concorrentes: quanto tempo jogam outros controles?
| Controle | Autonomia típica | Comentários |
|---|---|---|
| DualSense (original) | 5–6 horas | Motores hápticos e gatilhos adaptativos consomem bastante; recargas frequentes. |
| DualSense V2 (revisado) | ~10–15 horas (relatos) | Maior bateria; microfone reduzido; melhora direta na experiência sem fio. |
| Xbox Wireless Controller (recém-modelo) | 20–40 horas (pilhas AA ou bateria opcional) | Alta autonomia com pilhas; modelos com bateria recarregável variam. |
| Controladores third-party (varia) | 10–30 horas | Depende muito de projeto, motores e recursos extras. |
O Xbox tradicionalmente oferece maior autonomia quando usado com pilhas AA, porém perde em recursos hápticos avançados. O DualSense V2 aproxima a Sony nesse quesito, sem renunciar às inovações sensoriais que definiram o acessório do PS5.
O que o usuário deve fazer ao receber um novo DualSense
- Verifique se o controle acompanha consoles com os códigos mencionados (CFI-ZCT2W ou CFI-7121) ou confirme com o vendedor a versão do lote.
- Atualize firmware do controle e do console assim que possível — updates podem otimizar consumo e desempenho.
- Se a autonomia for um critério crítico, teste com jogos que usam intensamente os motores hápticos para medir consumo real.
- Se precisar abrir o controle para inspeção, procure assistência autorizada para manter garantia e segurança.
Conclusão: um avanço prático, com espaço para melhorias
A revisão do DualSense é, antes de tudo, uma resposta direta a uma queixa recorrente: pouca autonomia para um controle tão sofisticado. Dobrar a duração por carga é um ganho prático e altamente valorizado pela base de jogadores. Ainda assim, a solução traz compromissos — a remoção de um microfone e a incerteza sobre reparabilidade e padronização de peças.
Do ponto de vista do design de produto, a Sony fez uma escolha racional: priorizar o elemento que mais impacta a experiência quotidiana do jogador. Se, no futuro, a empresa combinar essa bateria maior com melhorias como células removíveis e joysticks Hall Effect, teremos um salto ainda mais relevante na qualidade do periférico.
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